Gustavo Guimarães (Foto: Divulgação)
Neste quarto capítulo da série Vozes dos Trilhos, que destaca histórias inspiradoras de jovens engajados no projeto Trilhos do Desenvolvimento, conheceremos Gustavo Guimarães, um jovem comprometido com o desenvolvimento sustentável. Aos 24 anos, estudante de Engenharia de Minas na Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e estagiário nas Indústrias Nucleares do Brasil (INB), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, Gustavo enxerga na mineração não apenas um futuro promissor para sua carreira, mas também uma oportunidade para exercer sua futura profissão com responsabilidade ambiental.
Desde que ingressou no curso de Engenharia de Minas, Gustavo enfrentou diversos desafios. A jornada acadêmica foi marcada por intensa dedicação e obstáculos inesperados, como o impacto da pandemia nos estudos. Mesmo diante das dificuldades, ele manteve o foco. “Foi um período difícil, mas a vontade de aprender e seguir em frente sempre falou mais alto”, relembra.
Foi por meio de um grupo de mensagens da universidade que Gustavo soube do projeto Trilhos do Desenvolvimento. A coordenadora do curso de Engenharia de Minas na UNEB compartilhou a oportunidade e Gustavo, ao ler sobre o projeto, percebeu o quanto poderia aprender e contribuir. “O Trilhos se alinha perfeitamente com o que eu quero para minha carreira e para a comunidade. Não podemos dissociar a mineração do meio ambiente. Este projeto me mostrou que é possível encontrar soluções locais e viáveis para problemas que afetam a todos nós”, explica ele.
Grupo Vermelho – Caetité (Foto: Divulgação)
Gustavo acredita no potencial transformador da juventude, muitas vezes subestimado. “Costumam dizer que os jovens estão desinteressados ou descomprometidos, mas isso não é verdade. A juventude tem ideias criativas e, principalmente, empatia para entender os problemas que afetam a comunidade”, reflete.
A escassez de água é um dos problemas enfrentados por parte da população da região de Caetité. Gustavo e seu grupo decidiram enfrentar esse desafio de forma direta. “Assim que recebemos o tema, começamos a trabalhar imediatamente. Conversamos entre nós, pesquisamos e buscamos contato com profissionais da Embasa e da comunidade rural para entender melhor a situação”, compartilha Gustavo. O resultado foi uma solução prática: a criação do “Guardião das Águas”, um fiscal comunitário escolhido pela própria população para monitorar o uso da água, promover palestras educativas e atuar como facilitador na resolução de problemas junto aos órgãos competentes.
Grupo Vermelho – Caetité (Foto: Divulgação)
Olhando para o futuro, Gustavo se enxerga como parte de uma geração de engenheiros que se preocupa não apenas com a eficiência e a produtividade da mineração, mas também com os desafios sociais e ambientais que essa atividade gera. “Minha meta é me tornar um profissional capaz de unir a tecnologia da engenharia de minas com práticas sustentáveis. Sei que é possível explorar de forma responsável, respeitando o meio ambiente e as comunidades”, afirma.
Assim como os trilhos da FIOL 1 conectarão cidades, Gustavo conecta sua formação acadêmica à responsabilidade de construir um futuro mais sustentável. Sua trajetória é um convite para que outros jovens se juntem a ele nessa jornada de transformação e inovação, onde o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade são vagões de um mesmo trem.
Projeto Trilhos do desenvolvimento
O Trilhos do Desenvolvimento é um projeto da BAMIN que tem como principal objetivo engajar jovens das cidades ao longo da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL 1) na busca por soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios socioambientais locais. Divididos entre os quatro lotes por onde a ferrovia irá passar, representados pelas cidades de Caetité, Jequié, Tanhaçu e Uruçuca, o Trilhos do Desenvolvimento oferece mentorias, palestras e ferramentas para que os participantes identifiquem problemas de suas comunidades e proponham iniciativas que gerem resultados positivos em suas comunidades. Com temas que vão desde a cadeia produtiva do cacau até a escassez de água, o Trilhos do Desenvolvimento busca fortalecer o protagonismo juvenil e promover mudanças sustentáveis nas regiões participantes.
