(Fotos: Gidelzo Silva)
Muitas tradições do interior da Bahia têm raízes profundas na religiosidade popular. Um exemplo é a Festa de São Jorge, padroeiro de Ilhéus – cidade do nosso Porto Sul, celebrada em 23 de abril. Mais do que uma expressão de fé, a data representa um importante símbolo da identidade cultural da cidade. Quem conhece de perto essa emoção é Sandra Argolo, analista de Relacionamento com Comunidades da BAMIN. Orgulhosamente ilheense, ela guarda com carinho as lembranças da infância, quando vivia a celebração ao lado dos pais, irmãos e tias.
Atualmente, Sandra mantém a tradição de prestigiar a data todos os anos. “A Festa de São Jorge em Ilhéus é a celebração do padroeiro da cidade, mas também uma expressão intensa da nossa identidade e tradição. É um momento em que a comunidade se reúne para fortalecer os laços, valorizar a cultura popular e renovar a fé”, destacou sobre o evento, que tem na programação novena, missas, quermesse com comidas típicas, iniciativas culturais e religiosas, reunindo moradores e visitantes em torno de uma vivência coletiva de fé e de pertencimento. Começa às 7h do dia 23, com a missa das intenções na Igreja Matriz de São Jorge – a mais antiga da cidade, construída em 1556.
As lembranças da infância continuam vivas para Sandra, especialmente os preparativos para a festa. “Para irmos à procissão quando crianças, lembro que todos os anos minha mãe, dona Valdice, preparava um vestido novo para cada filha e uma camisa nova para o único filho. Era uma ocasião especial, e precisávamos estar bem apresentados, em sinal de respeito e devoção a São Jorge”, contou.
A tradição, passada de geração em geração, mostra como manifestações religiosas vão além do aspecto espiritual, sendo também momentos de comunhão, afeto e afirmação cultural. Viva São Jorge!