Docentes moçambicanos, estudantes do projeto BRAMOTEC – Ação Simplificada para o Fortalecimento da Educação Profissional e Tecnológica de Moçambique – participaram de um intercâmbio no Instituto Federal Baiano (IFBaiano) em Guanambi. Como parte das atividades, realizaram na última terça-feira (3/12) uma visita ao Centro de Conservação Pedra de Ferro, da BAMIN, em Caetité.
Acompanhados pelo professor Raul Pisno Gati, do IF Baiano, os docentes foram recebidos pela equipe técnica da BAMIN, que apresentou as principais estruturas do Centro de Conservação. Durante a visita, os alunos tiveram acesso ao Centro de Atendimento Veterinário Emergencial (CAVE), ao orquidário, ao banco de germoplasma e ao viveiro de mudas, entre outros espaços dedicados à preservação ambiental.
Segundo Marcela Dias, coordenadora de licenciamento e controle ambiental da BAMIN, o encontro foi uma oportunidade de demonstrar práticas sustentáveis adotadas pela empresa. “Procuramos mostrar como conciliamos nossas atividades com a conservação ambiental, promovendo um manejo eficiente das espécies nativas”, afirmou.
No viveiro de mudas, que abriga espécies como Amburana cearensis (umburana-de-cheiro) e Anadenanthera colubrina var. cebil (angico), os visitantes participaram de uma aula prática ministrada pela bióloga Maria de Lourdes da Silva, onde foram abordadas técnicas como quebra de dormência, coleta e acondicionamento de sementes, além de estratégias para o plantio e rustificação das mudas.
Ana Paula Dias, coordenadora de relacionamento com comunidades da BAMIN, destacou a importância do intercâmbio de conhecimentos. “Receber os alunos do Bramotec reafirma nosso compromisso com o fortalecimento das práticas educacionais e ambientais. A troca de experiências foi enriquecedora para ambas as partes”.
A semelhança entre as condições climáticas e de solo da região de Brejinho das Ametistas, onde está localizada a Mina Pedra de Ferro, e de Moçambique facilita a aplicação prática dos conhecimentos compartilhados. Fernando Antônio, um dos visitantes, comentou sobre a experiência: “A vivência no Centro de Conservação foi excelente. Esperamos retornar para aprofundar ainda mais nosso aprendizado”.
Além de fortalecer o ensino técnico em Moçambique, a iniciativa também aproximou o IF Baiano e a BAMIN, contribuindo para a consolidação de práticas ambientais e educacionais sustentáveis. Marcelo Dultra, gerente geral de sustentabilidade da BAMIN, afirma que atividades como essa mostram como a integração entre diferentes contextos pode gerar soluções criativas e sustentáveis. “Nosso objetivo é contribuir para a formação de profissionais conscientes e preparados para os desafios do futuro”, conclui.